quarta-feira, 31 de agosto de 2011

31 DE AGOSTO - DIA DO BLOG





PARABÉNS A TODOS OS BLOGS, EM ESPECIAL AOS QUE SÃO MEUS COMPANHEIROS!


FORA RICARDO TEIXEIRA!!!



FORA RICARDO TEIXEIRA

Manoel Messias Belizário Neto

Minha santa Wikipédia
Traga-me inspiração –
Nas aureolas virtuais
Cheias de informação –
Para que eu faça um relato
Regido pela razão.

Santo Google, por favor,
Não fique enciumado.
Aponte a vereda certa
Para que eu seja inspirado
Trazendo fidelidade
Ao que é aqui for relatado.

Leitor meu, como é que a gente
Pode se sentir feliz
Com tanta barbaridade
Ocorrendo no país?
Numa nação em que rico
Não tem cadeia ou juiz?

Leitor nosso futebol
Sempre foi exuberante.
Se a política envergonha
De uma maneira humilhante
Tínhamos no futebol
Subterfúgio importante.

Porém a corrupção
Que aqui fincou morada
Saiu da esfera política
Por esta está saturada
E entrou no futebol
Fingindo não querer nada.

E agora está aí
Exposta pro mundo inteiro.
Os escândalos são aqui,
Mas também no estrangeiro.
Sendo Ricardo Teixeira
Vergonha pro brasileiro.

Há exatos vinte e dois
Anos Ricardo Teixeira
Preside a CBF
Levando na “brincadeira”
E má fé a confiança
Da sociedade inteira.

Agora nos vêm à tona
Maracutaia em tufões
Por exemplo, o caso que
Ele recebeu milhões
Em propina isto devia
Ser resultado em sanções.

E foi muito interessante
Este caso da propina
Onde a emissora Globo,
Uma rede muito “fina”,
Não noticia uma linha
Quem será que determina?

Lembrei é porque a Globo
Ganhou o Brasileirão
Por isso fica calada
Perante a corrupção
Enquanto o mundo alardeia
Com grande indignação.

E o pior nesse lombo
Em que o erro galopa:
Ter crise no futebol
Numa véspera de copa?
Em ações que envergonha,
A CBF se ensopa.

Por exemplo, a cerimônia
De sorteio do evento
Da copa, está na cara
Que houve faturamento
Além do que deveria
Ser gastado no momento.

Gastar num evento, amigo,
Trinta milhões de reais?
Ah e quem organizou
Esta festa, meu rapaz?
Foi a Globo, rede Globo,
Isto é ou não é demais?

Ah e quem patrocinou,
Já sei, foi a CBF.
Que CBF que nada,
Promessa, um puro blefe,
Foram os governos do Rio,
Agindo em favor do CHEFE.

São muitas acusações
Contra o chefe Ricardo
Teixeira planeta afora.
Para o Brasil, mais um fardo.
Nossa memória é manchada
Com este horroroso dardo.

Diante dessa vergonha,
Dessa atuação grosseira
O Brasil se manifesta
Com uma mensagem certeira
Gritando por todo canto
“Fora Ricardo Teixeira”.


terça-feira, 30 de agosto de 2011

30 DE AGOSTO – DIA NACIONAL DE PREVENÇÃO A ACIDENTES COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES




Imagens Google


VOZES DA INFÂNCIA CANTA JACKSON DO PANDEIRO



O dia 31 de agosto é um dia especial para toda a Paraíba. Neste dia, na cidade de Alagoa Grande, nasceu o Rei do Ritmo, Jackson do Pandeiro. Para celebrar esta data, a Prefeitura Municipal de João Pessoa, através do Coral Vozes da Infância e da FUNJOPE, em parceria com o Governo do Estado através da FUNESC, realiza nesta quarta-feira, dia 31 de agosto, um concerto em homenagem ao mestre do Pandeiro. A homenagem trás o Coral Vozes da Infância cantando Jackson, com a participação especial de Baixinho do Pandeiro e acompanhamento do grupo Oitavas no Choro. Com a regência do maestro assistente Hélio Medeiros, o coral Vozes da Infância é composto por mais de cinqüenta crianças e adolescentes.

Além do Concerto todos poderão conferir uma exposição fotográfica, exibição do documentário sobre Jackson do Pandeiro e pra finalizar, uma apresentação do Forró Pé de Serra no Bar dos Artistas. Convidamos todos a participar dessa homenagem.


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

29 DE AGOSTO - DIA NACIONAL DE COMBATE AO FUMO


Visite o site da Rede Feminina de Combate ao Câncer na Paraíba:  http://www.rfcc-pb.com.br/v3/


domingo, 28 de agosto de 2011

INCÔMODO!


Há uma pessoa bastante incomodada porque postei minhas fotos “pelada”, dias atrás.

Para que ela se incomode mais ainda, vai a seguir uma overdose de fotos minhas, pois neste blog eu coloco o que quero, brinco como quero e digo o que quero. Ponto final!



2007

Moça, adivinhe quem bateu essa foto... Novembro/2006

2008

2006


Linda, não? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK - 2007

2007

Lançamento de um livro em Itabaiana - Outubro/2007

2008

2007

Irmã gêmea de Marilyn Monroe - KKKKKKKKKKKKKKKKKKK


De cara lavada, cabelo molhado e sem medo de ser feliz! - 2007

2007

2008

Inauguração da Biblioteca Arnaud Costa do Ponto de Cultura
Cantiga de Ninar em Itabaiana - Janeiro/2010

2011

Essa foto é a que deve incomodar mais... Dezembro/2005

PRESENTE DE DOMINGO...



UM CEGO

Jorge Luis Borges

Não sei qual é a face que me mira
quando miro essa face que há no espelho;
e desconheço no reflexo o velho
que o escruta, com silente e exausta ira.
Lento na sombra, com a mão exploro
meus traços invisíveis. Um lampejo
me alcança. O seu cabelo, que entrevejo,
é todo cinza ou é ainda de ouro.
Repito que perdi unicamente
a superfície vã das simples coisas.
Meu consolo é de Milton e é valente,
porém penso nas letras e nas rosas.
Penso que se pudesse ver meu rosto
saberia quem sou neste sol-posto.

Tradução de Renato Suttana


Imagem Google

sábado, 27 de agosto de 2011

PORQUE HOJE É SÁBADO...


O MORTO

Jorge Luis Borges

Que um homem do subúrbio de Buenos Aires, que um triste compadrito sem mais virtude que a enfatuação da coragem, se interne nos desertos eqüestres da fronteira com o Brasil e chegue a capitão de contrabandistas, parece de antemão impossível. Aos que assim o entendem, quero contar o destino de Benjamín Otálora, de quem talvez não reste nenhuma lembrança no bairro de Balvanera e que morreu, a seu modo, de um balaço, nos confins do Rio Grande do Sul. Ignoro pormenores de sua aventura; quando me forem revelados, hei de retificar e ampliar estas páginas. Por ora este resumo pode ser útil.

Benjamín Otálora conta, por volta de 1891, dezenove anos. É um rapagão de fronte pequena, de sinceros olhos claros, com o vigor dos bascos; uma punhalada feliz revelou-lhe que é homem valente; não o inquieta a morte do adversário, tampouco a imediata necessidade de fugir da República. O caudilho da paróquia dá-lhe uma carta para um tal Azevedo Bandeira, do Uruguai. Otálora embarca, a travessia é tormentosa e rangente; no outro dia, vagueia pelas ruas de Montevidéu, com inconfessada e talvez ignorada tristeza. Não encontra Azevedo Bandeira; pela meia-noite, num armazém do Paso del Molino, assiste a uma discussão entre alguns tropeiros. Um punhal rebrilha; Otálora não sabe de que lado está a razão, mas o atrai o puro sabor do perigo, como a outros o baralho ou a música. Segura, no entrevem, uma punhalada baixa que um peão desfere contra um homem de chapéu escuro e de poncho. Este, depois, resulta ser Azevedo Bandeira. (Otálora, ao sabê-lo, rasga a carta, porque prefere dever tudo a si mesmo.) Azevedo Bandeira, embora robusto, dá a injustificável impressão de aleijado; em seu rosto, sempre demasiado próximo, estão o judeu, o negro e o índio; em sua afetação, o macaco e o tigre; a cicatriz que lhe atravessa a face é mais um adorno, bem como o negro bigode cerdoso.

Projeção ou erro do álcool, a disputa cessa com a mesma rapidez com que se produziu. Otálora bebe com os tropeiros e depois os acompanha a uma farra e depois a um casarão na Cidade Velha, já com o sol bem alto. No último pátio, que é de terra, os homens estendem os arreios para dormir. Obscuramente, Otálora compara essa noite com a anterior; agora já pisa terra firme, entre amigos. Inquieta-o algum remorso, isso sim, de não sentir saudades de Buenos Aires. Dorme até as seis, quando o desperta o paisano que, bêbado, agrediu Bandeira. (Otálora se lembra de que esse homem participou com os outros da noite de tumulto e de alegria e que Bandeira o sentou à sua direita e o obrigou a continuar bebendo.) O homem lhe diz que o patrão o manda buscar. Numa espécie de gabinete que dá para o vestíbulo (Otálora nunca viu um vestíbulo com portas laterais), Azevedo Bandeira o está esperando, com uma clara e desdenhosa mulher de cabelo ruivo. Bandeira examina-o, oferece-lhe um copo de aguardente, repete que ele parece um homem corajoso, propõe-lhe ir ao Norte com os demais para trazerem uma tropa. Otálora aceita; de madrugada, estão a caminho, rumo a Tacuarembó.

Começa então para Otálora uma vida diferente, uma vida de vastos amanheceres e de jornadas que têm o cheiro do cavalo. Essa vida é nova para ele, e às vezes atroz, mas já está em seu sangue, pois, assim como os homens de outras nações veneram e pressentem o mar, assim nós (também o homem que entretece estes símbolos) ansiamos pela planície interminável que ressoa sob os cascos. Otálora criou-se nos bairros de carreteiros e quarteadores; em menos de um ano se torna gaúcho. Aprende a montar, a entropilhar o gado, a carnear, a manejar o laço que subjuga e as boleadeiras que derrubam, a resistir ao sono, às tormentas, às geadas e ao sol, a tanger com o assobio e o grito. Só uma vez, durante esse tempo de aprendizado, vê Azevedo Bandeira, mas o tem muito presente, porque ser homem de Bandeira é ser considerado e temido, e porque, diante de qualquer gesto valente, os gaúchos dizem que Bandeira o faz melhor. Alguém opina que Bandeira nasceu do outro lado do Quaraí, no Rio Grande do Sul; isso, que deveria rebaixá-lo,  obscuramente o enriquece de selvas populosas, de lamaçais, de inextricáveis e quase infinitas distâncias. Aos poucos, Otálora entende que os negócios de Bandeira são múltiplos e que o principal é o contrabando. Ser tropeiro é ser um criado; Otálora  propõe-se ascender a contrabandista. Dois dos companheiros, numa noite, cruzarão a fronteira para voltar com algumas partidas de aguardente; Otálora provoca um deles, fere-o e toma seu lugar. Move-o a ambição e também uma obscura fidelidade. “Que o homem”, pensa, “acabe por entender que tenho mais valor que todos os seus orientais juntos”.

Outro ano passa antes que Otálora regresse a Montevidéu. Percorrem os arredores, a cidade (que a Otálora parece muito grande); chegam à casa do patrão; os homens estendem os arreios no último pátio. Passam os dias e Otálora não vê Bandeira. Dizem, com temor, que ele está enfermo; um homem moreno costuma subir a seu dormitório com a chaleira e o mate. Uma tarde, encarregam Otálora dessa tarefa. Ele sente-se vagamente humilhado, mas também satisfeito.

O dormitório é desmantelado e escuro. Há uma sacada para o poente, há uma longa mesa com uma resplandecente desordem de chicotes, de relhos, de cintos, de armas de fogo e de armas brancas, há um remoto espelho de cristal embaçado. Bandeira está de boca para cima; sonha e se lamenta; uma veemência de sol último o define. O enorme leito branco parece diminuí-lo e obscurecê-lo; Otálora observa os cabelos brancos, a fadiga, a debilidade, as rugas dos anos. Revolta-o que esse velho os esteja mandando. Pensa que um golpe bastaria para dar conta dele. Nisso, vê no espelho que alguém entrou. É a mulher de cabelo ruivo; está meio vestida e descalça, e o observa com fria curiosidade. Bandeira recompõe-se; enquanto fala de coisas da campanha e bebe um mate atrás do outro, seus dedos brincam com as tranças da mulher. Por fim, dá licença a Otálora para ir embora.

Dias depois, chega-lhes a ordem de irem para o Norte. Param em uma estância perdida, situada em qualquer lugar da interminável planície. Nem árvores nem um arroio a alegram, o primeiro sol e o último a golpeiam. Há currais de pedra para o gado, que tem grandes chifres e está necessitado. EI Suspiro é o nome desse pobre estabelecimento.

Otálora ouve na roda de peões que Bandeira não tardará a chegar de Montevidéu. Pergunta por quê; alguém esclarece que há um forasteiro agauchado que está querendo mandar demais. Otálora compreende que é um gracejo, mas lhe agrada que esse gracejo já seja possível. Verifica, depois, que Bandeira se inimizou com um dos chefes políticos e que este lhe retirou seu apoio. Ele gosta dessa notícia.

Chegam caixões de armas longas; chegam uma jarra e uma bacia de prata para o aposento da mulher; chegam cortinas de intrincado damasco; chega das coxilhas, numa manhã, um cavaleiro sombrio, de barba cerrada e de poncho. Chama-se Ulpiano Suárez e é o capanga ou guarda-costas de Azevedo Bandeira. Fala muito pouco e de maneira abrasileirada. Otálora não sabe se atribui sua reserva a hostilidade, a desdém ou a mera barbárie. Sabe, isso sim, que para o plano que está maquinando tem de ganhar a amizade dele.

Entra depois no destino de Benjamín Otálora um alazão de extremidades negras, que Azevedo Bandeira traz do sul e que ostenta arreios chapeados e carona com bordas de pele de tigre. Esse cavalo liberal é símbolo da autoridade do patrão e por isso o cobiça o rapaz, que chega também a desejar, com desejo rancoroso, a mulher de cabelos resplandecentes. A mulher, os arreios e o alazão são atributos ou adjetivos de um homem que ele aspira a destruir.

Aqui a história se complica e se afunda. Azevedo Bandeira é hábil na arte da intimidação progressiva, na satânica manobra de humilhar gradativamente o interlocutor, combinando seriedade e brincadeira; Otálora resolve aplicar esse método ambíguo à dura tarefa que se propõe. Resolve suplantar, lentamente, Azevedo Bandeira. Consegue, em jornadas de perigo comum, a amizade de Suárez. Confia-lhe seu plano; Suárez lhe promete sua ajuda. Muitas coisas vão acontecendo depois, das quais sei algumas poucas. Otálora não obedece a Bandeira; dá para esquecer, corrigir, inverter suas ordens. O universo parece conspirar com ele e apressa os fatos. Num meio-dia, ocorre em campos de Tacuarembó um tiroteio com gente rio-grandense; Otálora usurpa o lugar de Bandeira e comanda os orientais. Uma bala atravessa-lhe o ombro, mas nessa tarde regressa a EI Suspiro no alazão do chefe e nessa tarde umas gotas de seu sangue mancham a pele de tigre e nessa noite dorme com a mulher de cabelos reluzentes. Outras versões mudam a ordem desses fatos e negam que eles tenham acontecido em um único dia.

Bandeira, entretanto, continua sendo nominalmente o chefe. Dá ordens que não se executam; Benjamín Otálora não toca nele, por um misto de rotina e de pena.

A última cena da história corresponde à agitação da última noite de 1894. Nessa noite, os homens de EI Suspiro comem cordeiro recém-carneado e bebem um álcool pendenciador. Alguém infinitamente zangarreia uma trabalhosa milonga. Na cabeceira da mesa, Otálora, bêbado, ergue brinde atrás de brinde, em júbilo crescente; essa torre de vertigem é símbolo de seu irresistível destino. Bandeira, taciturno entre os que gritam, deixa que flua clamorosa a noite. Quando soam as doze badaladas, levanta-se como quem se lembra de uma obrigação. Levanta-se e bate com suavidade à porta da mulher. Ela abre em seguida, como se esperasse o chamado. Sai meio vestida e descalça. Com uma voz que se afemina e se arrasta, o chefe lhe ordena:

– Já que tu e o portenho se querem tanto, agora mesmo vais dar um beijo nele, à vista de todos.

Acresce uma circunstância brutal. A mulher quer resistir, mas dois homens a tomam pelo braço e a lançam sobre Otálora. Arrasada em lágrimas, beija-o no rosto e no peito. Ulpiano Suárez empunha o revólver. Otálora compreende, na iminência da morte, que o traíram desde o princípio, que foi condenado à morte, que lhe permitiram o amor, o mando e o triunfo porque já o davam por morto, porque para Bandeira ele já estava morto.

Suárez, quase com desdém, abre fogo.


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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

HEMOCENTRO DA PARAÍBA PARTICIPA DO MC DIA FELIZ



Hemocentro da Paraíba participa de Mc Dia Feliz com unidade móvel para doação

O Hemocentro da Paraíba vai participar, neste sábado (27), do Mc Dia Feliz, em solidariedade às crianças com câncer. Uma unidade móvel de coleta de sangue estará disponível na frente do McDonald’s, na Avenida Ruy Carneiro, em João Pessoa.

Na unidade móvel também será feito o cadastro de doadores de medula óssea. A ação acontece em parceria com o Movimento Doe Sangue PB e a ONG Donos do Amanhã.


A unidade móvel do Hemocentro da Paraíba recebe dois doadores por vez a cada 40 minutos. As doações de sangue e o cadastro para doação de medula óssea poderão ser feitas até as 18h. O sangue doado será destinado ao abastecimento do Hospital Napoleão Laureano, referência para o tratamento do câncer em todo o Estado.



No Mc Dia Feliz, todo o valor arrecado na compra de sanduíches Big Mac até a meia noite do dia 27 será revertido para instituições de apoio e combate ao câncer infanto-juvenil. Além do sanduiche, no local do evento serão vendidos materiais promocionais confeccionados pelas instituições participantes.




quarta-feira, 24 de agosto de 2011

HOMENAGEM AOS 112 ANOS DE JORGE LUIS BORGES


Jorge Luis Borges nasceu em 24/08/1899

EPITÁFIO

Jorge Luis Borges

Ya somos el olvido que seremos.
El polvo elemental que nos ignora
Y que fue el rojo Adán y que es ahora
Todos los hombres y los que seremos.

Ya somos en la tumba las dos fechas
Sel principio y el fin, la caja,
La obscena corrupción y la mortaja,
Los ritos de la muerte y las endechas.

No soy el insensato que se aferra
Al mágico sonido de su nombre;
Pienso con esperanza en aquel hombre

Que no sabrá quien fui sobre la tierra.
Bajo el indiferente azul del cielo,
Esta meditación es un consuelo.


EPITÁFIO

Jorge Luis Borges

Já somos o esquecido que seremos.
O barro primordial que nos ignora
De que foi feito Adão e mesmo agora
Todos os homens e os que então seremos.

Já somos no sepulcro os dois momentos
Do princípio e do término, o caixão,
A mortalha e a nojenta abjeção,
Os ritos de morrer e seus lamentos.

Não tenho a insensatez do que se aferra
Ao mágico chamado de seu nome;
A esperança de alguém já me consome

Não saberá quem fui por sobre a terra.
Sob este imune azul do firmamento,
Nesta meditação consolo tento

Tradução: Gerardo de Melo

Nota do blog Vila Campos Online:

Nosso colaborador Gerardo de Melo envia um curioso soneto cuja autoria é atribuída ao escritor argentino JORGE LUIS BORGES. O trabalho está inserido no livro A Ausência que Seremos, que é, “antes de mais nada, a ‘biografia’ escrita pelo filho do médico sanitarista colombiano Héctor Abad Gómez (1921-87), defensor de causas sociais e dos direitos humanos executado pelos esquadrões da morte que golpearam seu país nos anos 1980.

O título do livro provém do primeiro verso do soneto “Epitáfio”, atribuído a Jorge Luis Borges, que Héctor Abad filho encontrou no bolso do pai, pouco depois de seu assassinato.”



Imagem Google

terça-feira, 23 de agosto de 2011

PELADA...


A cor do cabelo é original, sem pintura