segunda-feira, 28 de outubro de 2013

SHOW MULHERES SOLIDÁRIAS

SHOW MULHERES SOLIDÁRIAS

Show Mulheres Solidárias, com Elba Ramalho, Cristina Amaral, Maestro Spock e Forró Bakana, no Bessa Grill, em 27/10/2013, promovido pela TV Clube, como parte da programação do Outubro Rosa, que visa conscientizar as mulheres para a importância da realização da mamografia.


A renda do show foi toda revertida para o Hospital Napoleão Laureano, referência no tratamento de câncer no Estado da Paraíba.

Elba Ramalho

Cristina Amaral


Maestro Spock


Eu com os ingressos ganhos no sorteio


Eu e minha colega voluntária da Rede Feminina de
Combate ao Câncer, Josy paz Kiss


Eu e minha prima Eveliny Carvalho



domingo, 27 de outubro de 2013

PRESENTE DE DOMINGO...

OUTUBRO COR-DE-ROSA

É neste mês de outubro
Com o mundo todo rosado
Que temos uma grande torcida
E um belo laço usado
Esse laço cor-de-rosa
Tem o amor representado.

Representa uma causa
De uma forma elegante
Dedicada às mulheres
E ao seu representante
Bem bonita e feminina
Com um jeito bem motivante.

Motivando a mulher
Para uma boa prevenção
Fazer sempre seu exame
Dar sua participação
Para do câncer de mama
Vermos diminuição.

O diagnóstico precoce
Tem a sua importância
Não se deve ter receio
Nem deixar que a ignorância
Faça de você uma vítima
E oculte a sua relevância.

Outubro é mês de campanha
Pra nossa conscientização
Todo o mundo tá ligado
É grande a preocupação
Faça agora a sua parte
Valorize o seu corpão.

Não desperdice o incentivo
Passe você a se cuidar
Não adianta campanhas
Se a mulher não cooperar
Entre nessa com afinco
Pra sua vida melhorar.

Valorize bem a vida
Que Deus lhe presenteou 
Cuidar dela com carinho
Também é prova de amor
Por aquele Ser supremo
Que é o nosso Criador.

Nelcimá Morais - 22/10/13


domingo, 6 de outubro de 2013

PRESENTE DE DOMINGO...

ÀS MARGENS DO CAPIBARIBE

Clóvis Campêlo

Às margens do Capibaribe,
ouvi o teu grito sentido,
o teu uivo de lobo desgarrado
buscando a alcatéia.
Não temas, poeta, estamos contigo,
somos solidários e
irmanados na mesma fé.

Às margens do Capibaribe
vi o teu vulto solitário,
correndo por entre as árvores,
e a tua imagem confundia-se
com a do poeta Ascenso Ferreira.
Não te apresses, poeta, pois
não nos perderemos de vista,
estamos coesos e acesos
no mesmo ideal.

Às margens do Capibaribe
entendi que as nossas solidões
podem no rio desaguar,
formando um lago farto e profundo,
repleto de plenitude
e de alimento para as almas.
Não duvideis, poeta, pois o mundo,
na sua infinita e inconsistente
sabedoria, é feito de linhas tortas.

Cabe a nós, com o nosso discernimento
de bardos, transformá-lo e redefini-lo.

O poeta não pode se furtar a cumprir o seu papel.

Recife, 2008



sábado, 5 de outubro de 2013

PORQUE HOJE É SÁBADO...

E A PRIMAVERA?

Paulo Reims

A primavera, no hemisfério sul, se iniciou no dia 22 de setembro. Coincidentemente, em frente à minha residência, um pequeno pé de Ipê amarelo, estreou suas primeiras flores, logo ao dia seguinte, saudando a estação primaveril. Eu me pergunto até quando poderemos contemplar esta beleza natural! A seguir avistei, estendida aos pés da colina onde moro, a planície com muitas e grandes árvores de Ipês, cobertas de flores amarelas, também parecendo uma enorme sala de recepção, com muitos tapetes arredondados e amarelos, um quadro verdadeiramente belíssimo.

Havia um velho ditado: Ipê floriu, não geará mais! Usei o verbo no passado porque este ditado já foi vencido. Já vi uma árvore de Ipê, frondosa, carregada de flores amarelas e, em seguida, contrariando o ditado popular, veio uma grande geada; logo após, o sol brilhou e as flores todas murcharam e secaram.

Já passou o tempo das estações bem definidas. Já presenciei geada antes do início do outono, e tive que vestir agasalho em plena estação de verão, tudo isto no Estado de Santa Catarina. Perguntamo-nos tantas vezes pela causa de tantas alterações climáticas; não é difícil de responder: degradação ambiental! Quem são os responsáveis? Todos nós!

Faz quinze dias que presenciei uma cena triste e, evidentemente, reagi. Um pré-adolescente, junto de seu pai, terminava de tomar algo que estava contido numa garrafa pet, e ao terminar de beber o último gole, arremessou a garrafa numa moita de capoeira, como se a quisesse camuflá-la, e ao mesmo tempo esconder seu próprio gesto reprovável. O fato de querer esconder o erro significa que o reconhece, mas continua persistindo no mesmo. Seu pai nada lhe falou, quem sabe o filho o imitava!? Mas eu reagi dizendo: ei, mocinho, que coisa feia, peguei você com a boca na botija! Você nunca ouviu dizer que este tipo de lixo leva mais de cem anos para se decompor na natureza? E que vai entupir os bueiros, causar enchentes, e ser levado pelos córregos, depois pelos rios, até chegar ao mar, enfim, que faz muito mal para todas as criaturas?

Saíram caminhando sem ajuntar a garrafa, e sem dizer nada. Minha esperança é que em uma próxima vez que for ter este gesto a sua consciência não o permita, pois no seu inconsciente ficará o meu alerta que o lembrará de que não somente as câmeras de vigilância poderão filmá-lo, mas que existem muitos olhares voltados para os pequenos e grandes vilões da natureza.

Exemplifiquei um pequeno vilão que junto a outros produzem grandes estragos, mas não posso deixar de mencionar um grande, entre muitos vilões. Foi no dia 24 de setembro, dois dias após o início do calendário primaveril, que teve início um incêndio em um dos armazéns da Global Logística, em São Francisco do Sul-SC. Uma imensa e densa nuvem de gases tóxicos se formou, e se espalhou até o litoral paulista. A grande mídia, que também está nas mãos dos que pensam antes no dinheiro, divulgou que não faria mal a ninguém, o máximo que poderia acontecer seria algumas irritações nos olhos, garganta e pele das pessoas que ficassem expostas à fumaça. Como se isso não fosse o bastante, sabemos que as consequências não são só estas. É por conta de tantos gases tóxicos, e uso indiscriminado de fertilizantes, agrotóxicos, e outros produtos lançados na terra, na água e no ar que a incidência de cânceres e outras doenças vão avançando, e a natureza vai definhando.

As terras brasileiras, nas mãos de poucas pessoas, são alarmantemente desmatadas para pastagens e para a monocultura..., com o uso abusivo de agrotóxicos e sementes transgênicas que comprovadamente trazem mais lucros para poucos e mais doenças para muita gente inocente e desinformada.

A PEC 215, defendida especialmente pela bancada ruralista, ganha força em detrimento dos originários donos desta terra, os indígenas. Estão tentando, de todas as formas, retirar do poder executivo, e passar para o poder legislativo, a demarcação das terras indígenas. São injustiças clamorosas que além de continuar a dizimar os povos indígenas, como sempre fez a elite deste país, se aprovada esta PEC vão desmatar sempre mais, para avolumar suas contas nos paraísos fiscais. É exatamente este o objetivo. Temos um Congresso Nacional com bons representantes do povo, mas com muitos mercenários, e que lá chegaram com nosso voto. Precisamos refletir muito para não votar em quem nos quer matar, de forma aberta ou sorrateira...

Quando a natureza deixar de florir e der seu último suspiro, e nós juntos agonizarmos por falta de oxigênio, é que vamos descobrir o quão néscios fomos em não reconhecer que formamos um todo com o universo. E as manifestações nas ruas não manifestaram nada disso...
“Brasil, México e Peru encontram-se entre os 10 países do mundo que mais contribuem à degradação ambiental, de acordo com a "Avaliação do Impacto Ambiental Relativo dos Países”, realizada pelas Universidades de Adelaide (Austrália), Princeton (EUA) e Nacional de Singapura”.

Realmente, o gigante acordou com cataratas nos olhos por conta de tanto veneno e todo tipo de imundice lançados na natureza; e que a paisagem verde, sempre mais diminuta, não está dando conta de processar.

Portanto, nos ajudem, também, os médicos estrangeiros nas cirurgias de cataratas a tirar nossas viseiras, para que possamos ver, agir, viver, conviver com todo o universo, de forma fraterna, harmoniosa e respeitosa, e assim podermos continuar a contemplar as paisagens primaveris.

01/10/2013


terça-feira, 1 de outubro de 2013

1º DE OUTUBRO - DIA DO IDOSO


MORRER EM VIDA É FATAL

Nunca esqueci de uma senhora que, ao responder por quanto tempo pretendia trabalhar, respondeu com toda a convicção: “Até os 100 anos”. O repórter, provocador, insistiu: “E depois?”. “Ué, depois vou aproveitar a vida”.

É de se comemorar que as pessoas aparentem ter menos idade do que realmente têm e que mantenham a vitalidade e o bom humor intactos – os dois grandes elixires da juventude. No entanto, cedo ou tarde (cada vez mais tarde, aleluia), envelheceremos todos. Não escondo que isso me amedronta um pouco. Ainda não cheguei perto da terceira idade, mas chegarei, e às vezes me angustio por antecipação com a dor inevitável de um dia ter que contrapor meu eu de dentro com meu eu de fora.

Rugas, tudo bem. Velhice não é isso, conheço gente enrugada que está saindo da faculdade. A velhice tem armadilhas bem mais elaboradas do que vincos em torno dos olhos. Ela pressupõe uma desaceleração gradativa: descer escadas de forma mais cautelosa, ser traída pela memória com mais regularidade, ter o corpo mais flácido, menos frescor nos gestos, os órgãos internos não respondendo com tanta presteza, o fôlego faltando por causa de uma ladeira à toa, ainda que isso nem sempre se cumpra: há muitos homens e mulheres que além de um ótimo aspecto, mantêm uma saúde de pugilista.

A comparação com os pugilistas não é de todo absurda: é de briga mesmo que estamos falando. A briga contra o olhar do outro.

Muitos se queixam da pior das invisibilidades: “Não me olham mais com desejo”. Ouvi uma mulher belíssima dizer isso num programa de tevê, e eu pensei: não pode ser por causa da embalagem, que é tão charmosa. Deve estar lhe faltando ousadia, agilidade de pensamento, a mesma gana de viver que tinha aos 30 ou 40. Ela deve estar se boicotando de alguma forma, porque só cuidar da embalagem não adianta, o produto interno é que precisa seguir na validade.

Quem viu o filme Fatal deve lembrar do professor sessentão, vivido por Ben Kingsley, que se apaixona por uma linda e jovem aluna (Penélope Cruz) e passa a ter com ela um envolvimento que lhe serve como tubo de oxigênio e ao mesmo tempo o faz confrontar-se com a própria finitude. No livro que deu origem ao filme (O Animal Agonizante, de Philip Roth), há uma frase que resume essa comovente ansiedade de vida: “Nada se aquieta, por mais que a gente envelheça”.

Essa é a ardileza da passagem do tempo: ela não te sossega por dentro da mesma forma que te desgasta por fora. O corpo decai com mais ligeireza que o espírito, que, ao contrário, costuma rejuvenescer quando a maturidade se estabelece.

Como compensar as perdas inevitáveis que a idade traz? Usando a cabeça: em vez de lutarmos para não envelhecer, devemos lutar para não emburrecer. Seguir trabalhando, viajando, lendo, se relacionando, se interessando e se renovando. Porque se emburrecermos, aí sim, não restará mais nada.

Autora: Martha Medeiros