Guerra de Canudos
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PÁGINA VAZIA
Euclides da
Cunha
Quem volta da região assustadora
De onde eu venho, revendo inda na mente
Muitas cenas do drama comovente
Da Guerra despiedada e aterradora,
De onde eu venho, revendo inda na mente
Muitas cenas do drama comovente
Da Guerra despiedada e aterradora,
Certo não pode ter uma sonora
Estrofe, ou canto ou ditirambo ardente,
Que possa figurar dignamente
Em vosso Álbum gentil, minha Senhora.
Estrofe, ou canto ou ditirambo ardente,
Que possa figurar dignamente
Em vosso Álbum gentil, minha Senhora.
E quando, com fidalga gentileza,
Cedestes-me esta página, a nobreza
Da vossa alma iludiu-vos, não previstes
Cedestes-me esta página, a nobreza
Da vossa alma iludiu-vos, não previstes
Que quem mais tarde nesta folha lesse
Perguntaria: "Que autor é esse
De uns versos tão mal feitos e tão tristes"?!!
Perguntaria: "Que autor é esse
De uns versos tão mal feitos e tão tristes"?!!
Obs.: Esses versos faziam parte de um álbum da jovem Francisca Praguer
Fróes, que ganhou o poema do então engenheiro e jornalista — de volta da
"região assustadora" (leia-se Canudos) de onde vinha, "revendo
inda na mente/ Muitas cenas do drama comovente/ Da Guerra desapiedada e
aterradora" — no dia seguinte de seu retorno à capital baiana, conforme
ele datou abaixo da assinatura: 14 de outubro de 1897.
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