FOCO DE DENGUE EM JAGUARIBE

Foto tirada em 23/09/2010 - A carcaça estava na calçada

Eu moro em Jaguaribe, um dos bairros mais antigos de João Pessoa. Quando mudei para cá em 2007, vinda do Recife, só quis morar neste bairro porque ficava perto da minha família e é um lugar muito bom para se morar, ainda mais para mim que moro vizinha à Mata do Buraquinho e, por isso, não tenho problemas com calor.

Em 23/09/2010 mandei um email, com fotos, para a EMLUR - Autarquia Municipal Especial de Limpeza Urbana de João Pessoa, informando que na calçada de uma oficina que fica ao lado do meu prédio, havia a carcaça de um carro, que ali poderia se transformar em um criadouro para o mosquito da dengue e que eles deveriam providenciar a remoção. Não recebi resposta. Dias depois liguei para a EMLUR e me disseram que receberam o email e que vinham aqui. Nunca vieram! Reenviei o mesmo email em 09/02/2011, mas nenhuma uma atitude foi tomada por eles.

A única mudança foi que o carro saiu da calçada e foi para a rua

Em 08/02/2011 enviei um email, também com fotos, com o título POSSÍVEL FOCO DE DENGUE EM JAGUARIBE, contando a história do carro, para ouvidoriasaude@joaopessoa.pb.gov.br (Ouvidoria da Saúde), rmeira@joaopessoa.pb.gov.br (Secretária de Saúde de João Pessoa, Roseana Maria Barbosa Meira) e jcesar@joaopessoa.pb.gov.br (Chefe de Gabinete da Secretária de Saúde) e não obtive NENHUMA resposta. Reenviei o mesmo email em 30/04/2011 e 03 e 04/05/2011 e continuo sem resposta.

Como não conseguia me fazer escutar, no dia 15/02/2011 entrei no site do Ministério da Saúde e protocolei uma denúncia sobre o assunto. No dia 21/02/2011 recebi um telefonema do Sr. Antonio Medeiros, da Vigilância Sanitária de João Pessoa, dizendo que estava na oficina, que tinha feito um fumacê na carcaça do carro e adjacências, que o proprietário da oficina ia tirar a carcaça e que tinha dado um prazo a ele de uma semana.

Interior do carro com água no painel

Em 02/03/2011 recebi um email da Ouvidoria do SUS dizendo que o problema tinha sido resolvido, mas que se isso não tivesse acontecido, no prazo máximo de 60 dias, eu voltasse a reclamar. Após esse prazo eles considerariam o caso encerrado e arquivariam a denúncia. Eu não reclamei da não resolução do problema porque acreditei nas promessas do Sr. Antonio Medeiros.

Passou-se mais uma semana e voltei a ligar para o Sr. Antonio Medeiros que prometeu ir falar, de novo, com o dono da oficina. E a carcaça continuava no lugar...

À direita, no chão do carro, tem água, mas não está visível aqui

Devo ter ligado mais umas 4 ou 5 vezes para o Sr. Antonio Medeiros e ele sempre me disse que ia resolver, que tinha pedido à EMLUR para tirar a carcaça, etc, etc, etc, mas nada foi resolvido.

Quarta-feira da Semana Santa, 20/04, liguei novamente para ele e disse que ia mandar um vídeo contando a história do carro para a TV Cabo Branco (afiliada da Rede Globo), para o quadro VOCÊ NO JPB, do JPB 1ª Edição, onde as pessoas denunciam os problemas da sua comunidade. Ele não gostou muito e à tarde esteve na oficina novamente. Quando escutei o barulho do motor do fumacê, fui até à frente do prédio onde moro e ele veio falar comigo. Na ocasião me apresentou a um senhor que trabalha na EMLUR que estava com ele, do qual não lembro o nome e, mais uma vez, prometeu tirar a carcaça. Também me disse, com todas as letras que ENCONTROU LARVAS DE DENGUE NO CARRO. Fiquei desesperada!

Vejam o monte de lixo que há dentro da carcaça

Esse desespero é porque moro no térreo, onde o mosquito pode chegar com mais facilidade e o meu pai, que tem 89 anos de idade e baixa imunidade por conta de um câncer na medula e outro na próstata, não pode nem sonhar em ter dengue. O Sr. Antonio Medeiros me disse que o fumacê tinha a validade de um mês (tudo isso?) e que eu ficasse menos preocupada. Também me disse que, se até quinta-feira da semana passada, dia 28/04/2011, o carro não tivesse sido retirado eu ligasse para a Sra. Socorro Menezes, da SEMAM – Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura de João Pessoa, fone 3218-9208. Fiz isso na sexta-feira, 29/04 e ela me mandou abrir uma outra denúncia.

Como a SEMAM tem plantão no final de semana para fiscalizar os abusados do som e outras coisas, liguei de novo no sábado e a pessoa que atendeu ficou de mandar os fiscais na oficina, mas não mandaram, pois ontem, 04/05, conversei com o dono e ele não me disse nada. Vale salientar que ele autorizou a EMLUR e o Sr. Antonio Medeiros a tirarem a carcaça, que é de um cliente que mora no interior e que não está nem aí para o problema.

Mais lixo!

 Liguei de novo para a SEMAM no dia 03/05 e a atendente da vez prometeu falar com a Sra. Socorro para agilizar a vinda dos fiscais. Liguei de novo ontem e a moça me disse que na denúncia protocolada na sexta-feira, constava só que era para tirar a carcaça do carro, embora eu tivesse enfatizado para a Sra. Alexandra, que me atendeu no dia 29/04, que escrevesse que a carcaça tem larvas de dengue. A de ontem (cada dia é uma pessoa diferente que atende) colocou essa observação, além do nome e o telefone do Sr. Antonio Medeiros e prometeu falar com a Sra. Socorro.

No dia 03/05, à noite, protocolei outra denúncia no site do Ministério da Saúde relatando todo o descaso com o qual a situação está sendo tratada e que nada foi resolvido quanto à denúncia anterior. O pior é que todo dia estão pedindo na TV para a gente ajudar na erradicação da dengue, mas eu faço a minha parte e as autoridades não fazem a delas.

Placa do carro

Ontem pela manhã tirei as fotos que ilustram esta postagem e todos poderão comprovar o que estou falando. A única mudança que aconteceu, de setembro do ano passado até agora, foi que o pessoal da oficina tirou o carro da calçada e colocou na rua, junto ao meio-fio. Nada mais!

Feira de Jaguaribe, das quartas-feiras, ao fundo

ENCARECIDAMENTE, peço aos que lêem esta postagem e que possam me ajudar, que me façam essa gentileza, porque, depois deste apelo público, se não conseguir alguém que resolva o problema, só me restará procurar a imprensa para denunciar, já que as pessoas de direito foram contactadas e não resolveram.

Fátima Vieira