domingo, 17 de abril de 2011

PRESENTE DE DOMINGO...


O FIM DA PICADA

Dalinha Catunda

Quem diria minha gente,
Eu nem posso acreditar,
A picada de um mosquito
Hoje é arma de matar
E a saúde decadente
Não consegue nos salvar.

Vejo famílias chorando
A morte de ente querido,
Que parte na flor da idade,
Não há nada mais sofrido.
O descaso contagioso
De morte nos deixa ferido.

Morrem adolescentes,
Criança, idoso e mulher.
A doença é uma praga,
É um salve-se quem puder,
E a culpa meu amigo,
Assumir ninguém não quer.

Nem São Jorge nem espada
Nos salvará nessa hora.
O negócio e ir à luta
De pressa e sem demora,
O caminho é a prevenção
Pra esse mal que apavora.

Não deixe pneu jogado,
Não jogue latas no chão.
Caixa d’água destampada,
Ajuda na proliferação.
Não deixe água parada,
Evite a contaminação.

Nas plantas de sua casa,
Tenha um cuidado maior.
Pondo areia nos pratos
Tudo ficará melhor
Desalojando o mosquito
O perigo é bem menor.

Não caia nos milagres
Da igreja universal.
O óleo santo oferecido
Jamais vai curar seu mal
Quando muito ele serve,
Pra lustrar cara de pau.

Se óleo santo servisse
Serviria água benta.
E a igreja católica
A receita não apresenta.
Por isso fique esperta.
A receita é ficar atenta.

Se sentir dor de cabeça,
E dor nas juntas também,
Mal-estar ânsia de vômito,
Não espere por ninguém,
Antes que a febre chegue,
Vá ao médico, pro seu bem.

Tome bastante liquido,
Que evita a desidratação
Na base do acetilsalicílico
Remédio não tome não,
Assim dizem os médicos,
Interfere na coagulação.

A população padece
A situação é dramática
Temos a hemorrágica,
Além da dengue clássica.
Precisamos com urgência
De uma medida drástica

Usar um repelente,
É uma boa medida.
Mas isso não quer dizer,
Que você está protegida.
É apenas um paliativo
A se usar nessa corrida.

Receba bem os guardas,
Que fazem a varredura,
Abra as janelas ao “fumacê”
No mosquito dê uma dura.
Ajude aos que combatem
Para evitar amargura.

Cuidar da nossa saúde,
É mais que obrigação.
Também devemos cobrar.
Aos que dirigem a nação.
Que nos devem casa, comida,
Saúde, segurança e educação.

A quem pertence o mosquito?
Não sei, nem quero saber.
Só sei que é o fim da picada,
Por causa dele morrer,
Sabendo que justas políticas,
Poderiam nos socorrer.

O aedes aegypti taí
Dengue não é natural.
Precisamos combater,
A picadura mortal,
E a picaretagem política
Que é nosso maior mal.


Imagem do Cordel de Saia retirada do: commons.wikimedia.org


2 comentários:

Dalinha Catunda disse...

Olá Fatita,
Mais uma vez passo aqui e me deparo com mais um de meus texto postado por você que sempre me faz muito feliz com esta atitude.
Umbeijo grande e obrigada, querida.
Dalinha catunda

Fatita Vieira disse...

Pois é, Dalinha, o que é bom é para ser mostrado.

Beijos!