sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Jornalista transforma blog sobre homens canalhas em livro














12/12/2008 - 12h42

"Foi o melhor chute que eu já tomei na minha vida". A frase é de Rozane Monteiro, autora do livro "Sua Excelência, o Canalha'. Aos 42 anos, ela narra todo o processo de pé-na-bunda que levou no final do ano passado, pouco depois de receber o convite para morar junto com o ex.

"Não era nada formal, a gente só ia morar junto. Ele propôs dividirmos o apartamento. Eu nunca tinha morado com ninguém antes. Aí no final do ano passado, era próximo do Natal quando a gente teve um estresse básico, nada conceitual, e uns dias depois ele me despachou por telefone", conta a autora.

Não satisfeita, ela fez o "coitado" ir até a casa dela para ver se ele conseguia terminar na sua frente. E o desejo dela foi atendido. Magoada, Rozane, que já iria para passar o Natal na casa dos pais em Minas Gerais, aproveitou a viagem para desabafar tudo o que sentia no notebook. Em seguida, para fazer o ex sentir na pele, ela publicou tudo o que tinha escrito num blog.

"Durante a viagem escrevi o manual para identificar canalhas com todas as coisas que ele me dizia e eu me lembrava. Pra fazer raiva nele, eu coloquei no ar. E como só tenho amigos jornalistas essa coisa bombou de uma forma, que quando eu dei por mim as pessoas já estavam gostando", expõe.

Com os textos do blog publicados e a polêmica montada junto às blogueiras que dividiam suas experiências, a editora Litteris se interessou pela história e pediu para Rozane escrever um livro, que seria um apanhado dos posts do blog só que editados para o formato papel.

Foram seis meses de produção entre o primeiro desabafo e a impressão do livro. Nesse tempo ela chegou a voltar com ele e terminar novamente e refletiu. "Vi que não era só isso. Quando eu fui montando o livro iam caindo umas fichas do tipo que ele já dava alguns sinais e eu não percebia. Ele mesmo confessou que amarelou".

Mas o livro não relata apenas as 'canalhices' do ex, como define Rozane. "Eu até conto em algumas páginas canalhices que eu mesma fiz. Eu já sacaneei um americano, trocando ele por outro americano. O meu primeiro namorado mesmo eu troquei sem pena. Aí comento com as amigas que isto é uma praga que voltou contra mim", revela ela aos risos.

Por falar em risos, a autora revelou que se divertiu quando escreveu o livro. "Eu me diverti o tempo todo. Primeiro porque eu só tenho amiga 'louca' que ficava falando bobagem no blog. Eu dei muitas gargalhadas escrevendo o livro. Agora é pura diversão".

O livro ganhará dois lançamentos: o primeiro dia 17, no Rio de Janeiro, e o segundo na rodoviária de Visconde do Rio Branco, em Minas Gerais. A escolha da rodoviária se deu devido a ser o local onde Rozane escreveu aos prantos boa parte dos posts ouvindo e praguejando Roberto Carlos, que cantava no especial de fim de ano que passava numa televisão na hora.

"Meu pai, um senhor de idade do interior, tá histérico com tudo isto. O lançamento vai mobilizar a cidade", conta. Agora é aguardar o lançamento e ver se não rende outra história.



Trechos do livro


"O canalha enrustido é assim: ele vai falando de relação, de namoro, com as metáforas mais estapafúrdias, te envolvendo num jogo de gestos e culpas que faz tanto mal, e você se dana toda se cair na conversa do gajo, como, aliás, eu fiz. Duas vezes. Na verdade, o canalha enrustido não tem compromisso com o que diz, muito menos com o que promete. E, por ser superfofo, você acha que o cara tá falando sério".


"Dada a dramaticidade destes últimos dias de 2007, só tenho uma resolução de Ano Novo: não dou, não dou e não dou. Se o Dalai Lama e o Padre Marcelo podem viver sem sexo, eu também posso. Um vive rindo, o outro vive cantando, não há de ser de todo ruim. Feliz Ano Novo!"


"Tenho duas alas de amigos: aqueles que estão em choque, como eu, com o chute; e aqueles que agora dizem 'eu sabia que era um traste'. Sabiam e não me falaram só de sacanagem, né?"





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