FALSA MAGRA
Pedro Paulo Paulino
Ninguém repara na mulher que passa,
Porque não vai vestida seminua.
Seu corpo esbelto não desperta graça
Aos devaneios públicos da rua.
Porque não vai vestida seminua.
Seu corpo esbelto não desperta graça
Aos devaneios públicos da rua.
Sob o manto gentil não se devassa
A beleza que, oculta, ela insinua.
E, vítima de troças e chalaça,
Entre as formas garbosa continua.
A beleza que, oculta, ela insinua.
E, vítima de troças e chalaça,
Entre as formas garbosa continua.
Ela, que se apresenta desditosa
Da beleza, é como um botão de rosa
Que ao roseiral aberto ninguém olha;
Da beleza, é como um botão de rosa
Que ao roseiral aberto ninguém olha;
Botão que o jardineiro não cultiva;
Mas, se abandona o cálice que o priva,
Encanta a todos quando desabrolha.
Mas, se abandona o cálice que o priva,
Encanta a todos quando desabrolha.
Imagem Google
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