Voltei ontem do Recife, onde passei 38 dias, para participar
como voluntária da Copa das Confederações e para ir ao casamento do filho de
uma amiga querida.
O Recife continua uma loucura! A Avenida Caxangá, por onde
transito muito quando vou para lá, por conta da casa da amiga que me hospeda
ficar na Cidade Universitária, continua em obras para as estações do transporte
público, além de viadutos e túneis, e o trânsito um caos!
Nos outros trechos da cidade, mesmo sem obras, a mobilidade também
é muito difícil, por conta da quantidade de carros que a cidade já não suporta
mais e, pior que isso, o absurdo de buracos que encontramos em todas as vias,
pelo menos as mais usadas.
No centro da cidade, mais especificamente na Av. Conde da
Boa Vista, por onde andei a pé, a buraqueira nas calçadas é de espantar e de
dar medo de um acidente.
A viagem de volta me custou quase 3 horas e, normalmente, faço
isso em metade desse tempo. E não foi por conta das obras de duplicação da BR
101, que já está quase pronta, só havendo dois pequenos segmentos ainda em mão
dupla, foi por causa de buracos. Acreditem que levei 55 minutos para percorrer
um trecho de 10 quilômetros, depois que entrei na BR 101, até a altura de
Paulista e mais uns 30 minutos para percorrer outros 10 quilômetros, até a
altura de Igarassu.
Eu fico imaginando o porquê das autoridades “competentes” não
tomarem uma atitude mais drástica para melhorar essa situação. E não é por
falta de reclamação, pois vi uma reportagem no NETV sobre esse assunto. O que
fizeram foi só um recapeamento do viaduto que fica em frente ao Campus da UFPE,
certamente para acalmar os ânimos e as reclamações. O resto da estrada, até
Igarassu, está a desgraceira que vi e sofri ontem.
Eu lembro que, quando morava no Recife e vinha para João
Pessoa passear, ficava torcendo para chegar logo na parte paraibana da BR 101,
porque era e é um tapete. Fiquei muito feliz com a duplicação, porque iam
acabar os buracos da parte de Pernambuco, mas não estou vendo isso. Continuamos
a sofrer com os buracos e o descaso de quem deveria resolver esses problemas.
Infelizmente não passeei nem visitei pessoas amigas como
havia planejado, porque peguei uma gripe, que evoluiu para uma faringite muito
forte e me derrubou por quase duas semanas. E olhe que tomei a tal vacina
contra gripe, mas, para mim, ela não adiantou nada! Até já risquei essa “mardita”
do meu calendário de vacinações para o próximo ano.
O que mais gostei nessa viagem, além de rever amigos, familiares
e o meu querido Recife, foi conhecer a Arena Pernambuco ou Arena Timbu. Estive
lá por sete dias (2 para treinamento e 5 para jogos e organização pré-jogos) e
gostei demais do que vi.
A Arena é linda e confortável e ainda havia algumas coisas
para terminar, mas no geral estava uma beleza! Aconteceram alguns problemas no primeiro dia
de jogo porque a numeração de algumas cadeiras não existia. Isso se deveu ao
fato da FIFA ter vendido os ingressos quando o estádio ainda estava em
construção, sem as cadeiras nos seus devidos lugares e sem a devida e correta
numeração. Quase apanhei de um espectador, mas no final deu tudo certo e nos
outros jogos corrigimos o problema colocando adesivos com a numeração certa nas
cadeiras com problemas.
Outra situação estressante que aconteceu foi de pessoas que
compraram ingressos muito caros e ficaram em lugares lá no alto, longe do
campo. Isso aconteceu porque a FIFA, na venda dos ingressos, não permitiu que
se escolhessem lugares, como se faz normalmente em algum evento e, atualmente,
até em cinemas, colocando as pessoas aleatoriamente, sem levar em conta o preço
do ingresso que, é óbvio, deve contemplar os mais caros com os melhores
lugares. Mas foi dito que isso será mudado para a Copa de 2014, afinal a Copa
das Confederações é um teste para a Copa do Mundo.
Fora os contratempos da gripe e do trânsito, a viagem foi
muito boa e produtiva. Vivi uma experiência inusitada como voluntária da Copa
das Confederações, onde fiz novas amizades entre os voluntários, pessoal animado
e de bem com a vida,mas não repetirei a dose para a Copa de 2014 (já cancelei
minha inscrição), porque detonei meu calcanhar esquerdo, que já estava ruim,
por conta de ficar em pé por um longo tempo e andar muito. Por conta do
calcanhar doente nem fui à Fenearte, aquela belezura de feira do artesanato.
Quanto ao meu querido Recife, espero que quando as obras
terminarem, taparem os buracos da cidade e das estradas que levam a ela, tudo
fique melhor e eu sinta muito mais prazer em rever essa metrópole linda e cheia
de atrativos, onde morei por 51 anos e onde conquistei o que de melhor tenho na
vida.
Até a volta!
Fátima Vieira
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