O
VAGALUME
Pedro
Paulo Paulino
Quando menino, eu tinha por costume,
Nas noites invernosas, no quintal,
Correr atrás e, sem noção do mal,
Prender numa caixinha um vagalume.
Nas noites invernosas, no quintal,
Correr atrás e, sem noção do mal,
Prender numa caixinha um vagalume.
Prendia-o. E guardava com ciúme
Aquele brinquedinho natural,
Privando-o, nesse cárcere brutal,
De colorir a noite com seu lume.
Aquele brinquedinho natural,
Privando-o, nesse cárcere brutal,
De colorir a noite com seu lume.
Agora, quando um vagalume eu vejo
Livre, dentro da noite o seu lampejo
Me faz sentir no peito um pesadelo:
Livre, dentro da noite o seu lampejo
Me faz sentir no peito um pesadelo:
Não por remorso à falta cometida,
Mas por pensar que há muito está perdida
Minha santa inocência de prendê-lo.
Mas por pensar que há muito está perdida
Minha santa inocência de prendê-lo.
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