ÀS MARGENS DO CAPIBARIBE
Clóvis Campêlo
Às margens do Capibaribe,
ouvi o teu grito sentido,
o teu uivo de lobo desgarrado
buscando a alcatéia.
Não temas, poeta, estamos contigo,
somos solidários e
irmanados na mesma fé.
ouvi o teu grito sentido,
o teu uivo de lobo desgarrado
buscando a alcatéia.
Não temas, poeta, estamos contigo,
somos solidários e
irmanados na mesma fé.
Às margens do Capibaribe
vi o teu vulto solitário,
correndo por entre as árvores,
e a tua imagem confundia-se
com a do poeta Ascenso Ferreira.
Não te apresses, poeta, pois
não nos perderemos de vista,
estamos coesos e acesos
no mesmo ideal.
vi o teu vulto solitário,
correndo por entre as árvores,
e a tua imagem confundia-se
com a do poeta Ascenso Ferreira.
Não te apresses, poeta, pois
não nos perderemos de vista,
estamos coesos e acesos
no mesmo ideal.
Às margens do Capibaribe
entendi que as nossas solidões
podem no rio desaguar,
formando um lago farto e profundo,
repleto de plenitude
e de alimento para as almas.
Não duvideis, poeta, pois o mundo,
na sua infinita e inconsistente
sabedoria, é feito de linhas tortas.
entendi que as nossas solidões
podem no rio desaguar,
formando um lago farto e profundo,
repleto de plenitude
e de alimento para as almas.
Não duvideis, poeta, pois o mundo,
na sua infinita e inconsistente
sabedoria, é feito de linhas tortas.
Cabe a nós, com o nosso discernimento
de bardos, transformá-lo e redefini-lo.
de bardos, transformá-lo e redefini-lo.
O poeta não pode se furtar a cumprir o seu papel.
Recife, 2008
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